O careto é um personagem mascarado do carnaval do nordeste de Portugal. É um homem que usa uma máscara com um nariz saliente feita de couro, latão ou madeira pintada com cores vivas de amarelo, vermelho ou preto. Numa outra versão, a máscara, feita de madeira de amieiro decorada com chifres e outros apetrechos, é usada em Lazarim.
Pensa-se que a tradição dos Caretos tenha raízes célticas, de um período pré-romano. Provavelmente, está relacionada com a existência dos povos Galaicos (Gallaeci) e Brácaros (Bracari) na Galiza e no norte de Portugal.
O careto usa fatos às riscas, com capuz, de cores garridas, feitos de colchas com franjas compridas de lã vermelha, verde e amarela. Carrega bandoleiras com campainhas e enfiadas de chocalhos à cintura. Da sua indumentária faz também parte um pau ou cacete.
Os Caretos usam máscaras rudimentares, onde sobressai o nariz pontiagudo, feitas de couro, madeira ou de vulgar latão, pintadas de vermelho, preto, amarelo, ou verde. A cor é também um dos atributos mais visíveis das suas vestes: fatos de colchas franjados de lã vermelha, verde e amarela, com enfiadas de chocalhos à cintura e bandoleiras com campainhas. Da sua indumentária, faz também parte um pau que os apoia nas correrias e saltos. A rusticidade do ambiente é indissociável desta figura misteriosa.
A festa dos caretos faz parte de uma tradição milenar que é celebrada em Portugal no Entrudo. Em Trás-os-Montes é celebrado em várias aldeias dos concelhos de Vinhais, Bragança, Macedo de Cavaleiros (especialmente Podence) e Vimioso, e na Beira Alta em Lazarim.
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