O uso da máscara como elemento cênico surgiu no teatro grego,
por volta do século V a.C. O símbolo do teatro é uma alusão aos dois principais
gêneros da época: a tragédia e a comédia. A primeira tratava de temas referentes
à natureza humana, bem como o controle dos deuses sobre o destino dos homens,
enquanto a última funcionava como um instrumento de crítica à política e
sociedade atenienses.
Durante um espetáculo, os atores trocavam de máscara inúmeras
vezes, cada uma delas representava uma emoção ou um estado do personagem. Assim,
uma máscara pode ter várias finalidades, inclusive mortuária. Entre outras, as
máscaras eram usadas na antiga Grécia e Roma para festivais e teatros. Cada
máscara no teatro grego representava um personagem. Com o fim de tais
civilizações, as máscaras caíram em desuso.
A palavra grega para designar máscara é persona, e é também a
raiz da palavra personalidade, que comumente associamos ao conjunto de
características de uma pessoa. E bem diz o ditado popular: "Os olhos de uma
pessoa são o espelho de (ou porta de entrada para) sua alma".
No Japão do século XIV, nasceu o teatro Nô, que também utilizou
a máscara como parte da indumentária. Um dos objetivos era não revelar para a
platéia as características individuais dos atores. Como as mulheres eram
proibidas de atuar, as máscaras femininas eram usadas pelos homens, assim como
as infantis.
Desde logo as máscaras foram associadas, em muitas épocas, às
representações teatrais. É evidente que ofereciam certas vantagens concretas,
pois serviam para reforçar a teatralidade essencial da própria representação. A
máscara serve para o ator criar um tipo surreal, facilitando sua viagem ao mundo
da imaginação.
Uma máscara tem uma personalidade própria. O ator que usa a
máscara recebe deste objeto a realidade de seu papel. Usa sua personalidade e a
própria natureza de seus raciocínios.
Na commedia dell'arte os atores italianos perceberam que
o uso da máscara inteira fazia com que o rosto inanimado do ator parecesse
inadequado a sua agilidade corporal. Então, a partir daí, passaram a evitar o
emprego das mascaram completas e em seu lugar, usaram mascaras que só cobriam a
metade do rosto ou nariz e uma parte da face, deixando a boca livre. Desta
forma, conseguiram a liberação total da voz, e isto foi de importância
fundamental, pois os comediantes consideravam primordial o dialogo de suas
obras.
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